Com a proximidade das convenções-
data a partir de 10 junho permitido pelo TSE - O burburinho das eleições de
2014 iniciou no município de Floriano
com boatos que circularam na cidade e ganhou destaque na imprensa local.
Dentro de um mês- tempo
curto -correu pela cidade boatos envolvendo dois (Eneas Maia-PSDB e Salomão
Holanda-PRB) dos cincos pré-candidatos (outros três são: Gustavo Neiva-PSB, Joel Rodrigues-PTB e Oscar Procópio-PT) a deputado estadual, os rumores davam
contam que os pretensos candidatos desistiriam de suas candidaturas, o
primeiro,tucano Eneas, assumiria cargo de diretor do Hospital da cidade,negado em nota à imprensa, e o segundo, o
vice-prefeito de Floriano Salomão, apoiaria outra candidatura, boato encerrado pelo próprio vice após entrevista para um portal da cidade.
Defensável ou não, absurdo
ou ridículo, o jornalista Sérgio Luiz Gandini revela em seu artigo “O boato como estratégia folkcomunicacional”
que os boatos exercem um considerável efeito no rumo das disputas políticas.
Segundo o professor Sérgio, o
boato não é tão fácil de inculcar o eleitor e possuir algum sentido. Porém, o
jornalista afirma que já existiram eleições no Brasil influenciadas por boatos.
Ele cita três episódios no seu artigo, vamos contar somente um, a escolha do
evento é livre de paixões partidárias, foi unicamente pela notoriedade.
“Na eleição presidencial de 2006, depois de passar a um
segundo turno com mais de 40%
dos votos, o então candidato do PSDB/PFL, Geraldo Alckimin,precisou lançar mão
de diversos programas do HPGE para tentar explicar que, diferentemente do que
se falava, a oposição não iria acabar com o bolsa escola/família”, exemplificou
Sérgio.
Na análise do jornalista, o evento não passava de um boato,
de um meio do candidato da situação atacar os adversários. O efeito de sentido da informação – atual, que
circulou e apresentava uma expressiva margem de ambigüidade – marcou a disputa
naquele importante momento eleitoral, seja para quem era beneficiado pelos
referidos programas do Governo Federal, bem como para quem mantinha crítica às
mesmas ações públicas.
“Embora ninguém tenha confirmado que o então candidato da
situação (presidente Lula, que disputava a reeleição) tivesse feito tal afirmação,
a oposição se viu no forçoso desafio político de tentar responder e conter o
efeito e projeção de sentido que tal postura passou a representar para milhões
de eleitores, que passaram a ver com suspeita a candidatura da coligação
PSDB/PFL. Foi, assim, uma informação (boato ou não) que passou a integrar a
disputa, com visível vantagem para o candidato situacionista e, ao mesmo tempo,
operou como uma crítica para a pretensão eleitoral da então oposição ao Governo
Federal”,explicou Sérgio.
Para analistas políticos de Floriano, os boatos no município
devem continuar e a tendência é aumentar com cada data marcada por partido para
realizar as suas conversões. Sendo assim, o boato faz parte da instituição
politica cotidiano da vida florianense.Vale lembrar que o boato diferencia de futrica.
Longe de qualquer forma de condenação (moral ou ideológica) prévia
do boato. Visualizamos os boatos na cidade de Floriano no cerne da presença, da
ação e da influência que o boato opera na vida social.
Isso faz lembrar de um professor que ministrava aula para mim
na faculdade de matemática em Floriano no IFPI, o professor Odimógenes, matemático,
nas suas aulas de demonstrações matemática, o mestre buscava sempre
descaracterizar o modelo, partia do absurdo, para explicar a sentença
verdadeira. Políticos são similares aos professores de matemática, os primeiros
buscam desqualificar o adversário, e o boato é uma estratégia de tentar
descaracterizar uma informação veiculada, que pode provocar aranhões em imagens
de figuras públicas.
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